Olá, geeks! Como estão?
Hoje trago a resenha de Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra, da autora Leigh Bardugo. O livro veio em parceria com a Editora Arqueiro e é o primeiro da Coleção Lendas da DC.
O livro é sobre Diana antes de ser a Mulher Maravilha, contando uma história que aconteceu ainda em sua adolescência. Sendo filha da rainha Hopólita e feita da terra pela vontade dos Deuses, a jovem sofre muito por não ser considerada pelas irmãs uma amazona de verdade, pois acham que ela não merece um lugar na ilha já que nunca foi testada em batalha ou guerra de verdade.
Durante uma corrida, que Diana estava decidida a vencer para provar o seu valor, vê um acidente de barco ao longe, entre a fronteira que separa o mundo mortal de Temiscira, e mesmo sabendo que é errado, decide ir até lá para ver o que encontra.
No meio dos destroços encontra Alia e a leva para a ilha, mas nem imagina o que está prestes a causar às suas irmãs. Pouco tempo depois de salvar a jovem, Temiscira começa a sofrer terremotos e algumas amazonas ficam doentes, além de Alia adoecer também. Depois de uma visita ao Oráculo, Diana descobre que Alia é uma Semente da Guerra, descente direta de Helena de Tróia e criada por Nêmesis, a Deusa da vingança, causando caos por onde passa.
“As regras eram claras: não era permitido impedir a maré mortal da vida e da morte, e a ilha jamais deveria ser tocada por ela. Não havia exceções. Nenhum humano podia ser levado para Temiscira, mesmo que fosse para ter a vida salva. Quebrar essa regra significava apenas uma coisa: exílio.”
Ao descobrir que a ilha está matando Alia, Diana descobre que há uma maneira de salvar a menina e o mundo de um caos eminente: a garota deve chegar a nascente em Terapne, que é onde Helena descança, antes do pôr do sol do primeiro dia do Hecatombaion, para ser purificada, assim salvando as futuras descendentes de sua linhagem.
“Se a gente não chegar à nascente a tempo, […] precisarei que você me mate.”
Também para mostrar que ser amazona é um direito seu, Diana decide enfrentar essa missão, que envolverá inimigos inimagináveis, além da descoberta de seus poderes nunca antes testados.
O livro foi uma grande surpresa para mim (mesmo tenho no começo muitas semelhanças com o filme) não conhecia a escrita da autora e ela acabou entrando para os meus favoritos com Sementes da Guerra, tendo como um dos pontos positivos a representatividade.
Alia é uma garota negra de classe alta e nerd, futura herdeira da Keralis, uma das maiores empresas e mais conhecidas dos Estados Unidos. Não possui muitos amigos e ficou órfã por conta de um acidente que seus pais sofreram, mas conta com o apoio do irmão, Jason. Gostei muito da personalidade dela, pois apesar de deixar claro o racismo que as pessoas ainda tem, não se deixa abater, ri muito com ela.
Jason, irmão de Alia, é desconfiado e super protetor com a irmã, além de não gostar muito de Diana no começo. É um personagem interessante, que adorei.
Nim, melhor amiga de Alia, é uma jovem indiana, roqueira, lésbica e amante de moda. Foi uma personagem que me fez rir do início ao fim, é descontraída e vive implicando com Theo, o que nos faz dar muitas risadas.
Theo, melhor amigo de Jason, ama tecnologia, mas é muito criticado pelo pai por seus gostos. É brincalhão o tempo todo (mesmo, até em momentos tensos) e amei tanto quanto a Nim.
Por fim, temos Diana. Uma jovem que quer provar o seu valor e é duramente criticada pelas outras amazonas, sendo que a própria Hipólita não deposita muita fé na menina. Obviamente, achei ela incrível, a inocência dela em relação ao mundo dos homens é um amor, mas também acompanhamos o amadurecimento dela e dos outros personagens.
“E por que todos eles têm olhos arregalados e aboca meio aberta? Isso é uma doença que aflige todos os machos, ou é particular aos homens da sua idade?”
Outra coisa bem legal e que eu não esperava, é o aparecimento de vários deuses no livro. Não vou dizer quais são para ninguém pegar spoiler, mas foi muito bacana a autora ter colocado isso. No começo, o livro parecia clichê e previsível, mas não é nada disso. Aliás, o grande vilão da história acabou sendo alguém que eu não imaginei. Talvez, algumas pessoas possam ter desconfiado dessa pessoa, mas foi inesperado para mim.
“Não podemos evitar a forma como nascemos ou o que somos. Mas podemos escolher o rumo de nossas vidas.”
Enfim, recomendo para todos que querem um livro com muita ação, representatividade e amizade. Quero muito ler os outros da coleção, espero que a editora lance logo.
Avaliação
( + favorito)
Título: Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra
Autora: Legigh Bardugo
Ano: 2017