E aí geeks, como vão? Espero que tudo esteja bem. Sabe quando você pega um livro desses de suspense numa loja ou na casa de um amigo, fica curioso, lê a sinopse e algumas páginas, já sai deduzindo como vai ser a história e logo pensa: “Acho que já adivinhei o que vai acontecer…”?
É exatamente isso que você vai fazer com A Mulher na Janela. É o que o autor quer que você faça, acredite. E garanto, é desta forma que ele vai te conduzir pelo decorrer de toda a obra que irá deixá-lo boquiaberto. Antes de me aprofundar, vou falar um pouquinho sobre o sensacional A. J. Finn. Este é o pseudônimo de Daniel Mallory, ex-editor executivo da William Morrow/HarperCollins, estudou em Oxford e mora atualmente em Nova Iorque. O mais impressionante de tudo: A Mulher na Janela foi seu primeiro livro publicado. Isso mesmo, e o sucesso que o romance obteve até o momento não é para menos, já tem até filme sendo produzido! 
O livro em si é bem feito e bem revisado, encontrei apenas um errinho de digitação, nada demais. A obra é dividida tanto em capítulos quanto nos dias que vão ocorrendo os eventos da história. O material da capa, em brochura, é daqueles que acumula poeira fácil, o terror para nós, leitores, que gostamos de deixar nossa estante de livros sempre limpinha. Mas tirando isso, temos um efeito de alto-relevo bem legal, representando a persiana de uma janela. Voltando nossa atenção para a história, somos levados para a pele de Anna Fox, uma psicóloga que possui um transtorno psicológico, chamado agorafobia. Basicamente isto a impede de sair de um ambiente que ela considere seguro e familiar, fazendo com que ela dependa muito das poucas pessoas em sua vida para manter contato com o mundo exterior. A história vai se desenrolando e vamos descobrindo alguns hábitos muito peculiares da mesma; seu amor por filmes antigos e xadrez, seu vício em vinho (chegando ao cúmulo de beber enquanto se medica para tratar seu transtorno), suas conversas com os supostos marido e filha; e o pior, sua mania de bisbilhotar os vizinhos pelas janelas de sua casa, assim como persegui-los pela internet através de perfis em redes sociais e sites de pesquisa. 


As coisas começam a complicar quando vizinhos novos, os Russell, se mudam para uma das casas a frente. Eventualmente ela acaba conhecendo a mulher, Jane Russell, seu filho, Ethan, e o marido, Alistair. Os acontecimentos se sucedem e numa determinada noite, Anna, bisbilhotando novamente através de sua janela, testemunha o assassinato de Jane, mas não consegue ver quem a matou. À partir dai a história vira de cabeça para baixo; sem provas, sem outras testemunhas e, para ajudar, os problemas com álcool e remédios, fazem com que Anna acabe sendo taxada de louca pela polícia e, até mesmo, as pessoas próximas dela. Isso trás uma sensação muita dramática e ao mesmo tempo familiar; a incerteza sobre a credibilidade do que a personagem principal da trama presenciou, e vemos que, apesar de inovador, A. J. Finn segue à risca algumas das fórmulas que fazem de um livro de suspense um sucesso.

Ah, temos as famosas reviravoltas, até mesmo o passado da personagem guarda surpresas, e são elas que vão te deixar acordado por grande parte da noite pensando – “Que épico!” – pois foram muito bem planejadas, e trarão sentimentos intensos à tona, desde pena e compaixão, até a mais absoluta incredulidade. O autor foi genial ao mexer com nossas cabeças e deixar-nos, literalmente, até as páginas finais em dúvida. Sério, você vai duvidar até da sua capacidade de duvidar. Ao terminar o livro, me peguei pensando por vários minutos sobre todos os acontecimentos inesperados e sobre a criatividade para encaixá-los de forma crível na história.   Não vou entrar em muitos detalhes para não mergulhar no temível campo de spoilers, mas já deixo claro que vale cada segundo de leitura. Personagens bem desenvolvidas, revelações que vão te atingir feito uma bofetada e te jogar do outro lado da sala, milhares de referências aos filmes clássicos da era preto e branco, muito vinho, remédios, incerteza, intriga e um final que vai te deixar sem reação. A Mulher na Janela é, sem sombra de dúvidas, um livro que você deve ter em sua coleção, seja amante de suspense ou não. Um romance quase impossível de largar que desperta diversos sentimentos no leitor e não merece nada menos do que 5 estrelas. Ano:  2018
Já leu o livro? Gostou? Não? E da resenha? Deixe sua opinião nos comentários, este resenhista e todos os seus colegas do blog se interessam muito em saber o que vocês estão pensando!