Olá, pessoal! Como estão? Hoje trago a resenha de um livro muito comentado nos últimos tempos e que ocupa posição de destaque nas listas de mais vendidos de vários países. Inclusive, já foi até adaptado para a televisão, uma série muito comentada também, no título original: “The Handsmaid’s Tale” e está em sua segunda temporada. O livro é narrado por Offred e ela conta sua rotina na República de Gillead, antigos EUA, mas que sofreu uma revolução teocrática em que eles seguem à risca o Velho Testamento Bíblico e o país é dominado por radicais cristãos. Por conta disso, as mulheres são afastadas da vida em sociedade, sem direito de ter opinião, sem direito à alfabetização, sem direito à nada, e divididas em diferentes castas: as Marthas que são responsáveis por tarefas domésticas e esposas dos comandantes; as Aias que apenas tem a função de dar um filho aos comandantes e as Tias que educam as mulheres para servirem e serem submissas. Enquanto Offred conta sua rotina, a obra vai intercalando em momentos pré-revolução, em que ela tinha um emprego, um marido e uma filha. Ela se prende a essas memórias e parece que carrega em si o objetivo de um dia tudo isso acabar e ela finalmente encontrar sua filha e o marido. É interessante notar que o livro foi escrito em 1985 e se passa no ano de 2017. É interessante notar também, que mesmo se tratando de uma sociedade dominada por radicais cristãos, existem aqueles que possuem privilégios e poder para conseguirem o que querem, mesmo que o desejado faça parte de um costume antigo que é execrado. A história é forte, e a autora não poupa o leitor e causa desconforto. Ainda mais, no cenário político em que estamos, acho que essa leitura é obrigatória. Não é uma leitura para descontração, para relaxar. É uma leitura feita para alertar, incomodar e acredito que ele deva ser lido mais de uma vez.