Estou iniciando um especial de resenhas retrô aqui no blog e o primeiro livro escolhido para nossa apreciação foi o romance policial Morte na Mesopotâmia da Rainha do Crime, Agatha Christie. Se você também é fâ de escritores como Sherlock Holmes vai amar os livros dessa escritora!
Bom pessoas, como eu ia dizendo, essa é a primeira resenha de um especial de clássicos que vai acontecer aqui no blog sempre ao final do mês (essa é a intenção, pelo menos…), com livros da década de 1980 para traz, considerados fontes de inspiração e obras-primas de diferentes gêneros. A intenção é valorizar as raízes, as fundações dos grandes gêneros e dos livros best-sellers que lemos atualmente. Para quem não conhece, Agatha Christie é uma das escritoras mais bem sucedidas de todos os tempos em termos de venda de exemplares, tendo ganhado em vida o título de “Rainha do Crime” pelo grande destaque de suas produções do gênero policial. Publicou mais de oitenta livros e roteiros teatrais ao longo do século XX, consagrando seus personagens, os investigadores Hercule Poirot e Miss Marple, na história do gênero. Suas obras já foram traduzidas para mais de cem línguas e possuem várias adaptações para o cinema e para a TV. O livro que trouxe para vocês hoje foi publicado pela primeira vez em 1936. Essa edição faz parte de um coleção de boxes com livros da autora, sendo que esse é de 2014. Todos são em capa dura e com ilustrações bem bacanas nas capas. Neste box vermelho tem mais dois outros livros: A Mansão Hollow e Os Elefantes não Esquecem (assunto para outras resenhas hehe). A história é ambientada em uma expedição arqueológica no Iraque. A enfermeira Amy Leatheran é contratada para acompanhar a bela Louise Leidner, esposa de um dos membros da expedição. A mulher está aparentemente perturbada com a possibilidade de que há alguém perseguindo ela, e tem certeza de que esta pessoa é seu ex-marido. No entanto, tudo indica que esse homem está morto.
Todos pensam que Louise está imaginando coisas, mas ela começa a relatar situações muito suspeitas. E não era pra menos… uma semana após a contratação da enfermeira, Louise é encontrada morta em seu próprio quarto. Rapidamente, Hercule Poirot é acionado para identificar o assassino, que tudo indica, é um membro da expedição. Prepare-se para suspeitar de tudo e de todos, pois ninguém é suficientemente confiável. A organização do enredo é maravilhosa, pois em nenhum momento você quer largar o livro antes de desvendar o que aconteceu, como e quem fez. A autora vai dando um nó em todas as nossas teorias mais mirabolantes preparando terreno para a revelação final. Construído com uma riqueza impressionante de detalhes e com um personagem já muito robusto para quem leu outros livros da autora, mas que não deixa nada a desejar em sua apresentação nesse livro, Hercule Poirot é um grande guia nessa aventura que vai tecendo aos poucos a trama intrigante de mistério, traição e crime. Essa autora deveria ser chamada de a Rainha dos Plot Twists, porque ela sempre te faz acreditar em várias coisas para revelar outra totalmente diferente.
De fato é um exemplar incrível desse gênero, lembrando que não é o melhor da autora, embora eu ache díficil ficar fazendo comparações entre eles, pois são todos muito bons. Leitura obrigatória para quem já se apaixonou também por Sherlock Holmes, do Conan Doyle, ou para quem gosta dos livros do Harlam Coben, como o já resenhado no blog A Grande Ilusão. Eu amei, para mim ela é sensacional e prepare-se, pois esse especial vai estar recheado de livros dela. Tá recomendadíssimo. Título: Morte na Mesopotâmia Ano: 2014 (original: 1936)