Título: Uma canção para a Libélula – Parte I Sinopse: Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada pro um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro par o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula. Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro. Vanessa precisará encarar fantasma que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta. Howdy, como estão? Aqui é a Lu! Hoje venho lhes mostrar um livro que condiz com a realidade de diverso brasileiros, e que talvez pode se assemelhar a sua realidade meu caro leitor, e tenho certeza que a leitura dessa série ira lhe ajudar a enfrentar o que está passando.
Bom, nos é apresentado em seu começo a protagonista Vanessa, que ganha sua vida e fama sendo uma pianista incrível e talentosa, que vive com seus tios e prima em Londres. Mas um dia fatídico, mudou todo esse cenário, seu pai que agora se encontrava doente no Brasil pediu para que ela o visitasse, assim essa repentina notícia fez com que nossa protagonista tomasse uma decisão que alternaria o percurso de sua vida. Vanessa, passará por diversas provas da vida, provas de resistência, afinal no nosso mundo não há só flores, não é mesmo? Mas diferente da reação esperada pela sociedade Vanessa, desencadeia sentimentos, lembranças e sensações em cadeia que complicam a superação desses desafios pela protagonista.
E nessa primeira parte a Juliana descreve como isso acontece, e como as palavras das pessoas podem destruir aos poucos uma vida, um ser. Não irei revelar muito sobre a história por que eu acredito que o intuito dela é auxiliar quem está passando por maus bocados. Eu por exemplo me vi durante uma fase da minha vida assim, mas estou aos poucos superando, não cheguei a cair no buraco, ou ir a um especialista. Eu me utilizei de materiais assim para poder me reerguer aos poucos, e eu estou conseguindo e meus amigos… isso não é uma tarefa fácil. Cada um de nós tem determinada reação diante de um problema ou um acontecimento, somos únicos, e essa unicidade deveria ser mais valorizada, afinal você não pode simplesmente sair julgando as ações de uma pessoa como fracas e sem sentimentos se você não sabe pelo que ela passou, se não sabe o passado dela.
Lendo esse livro, eu me identifiquei com a Vanessa de uma maneira absurda, não igual, mas com os problemas bem semelhantes, ninguém é de ferro e esse livro sabe muito bem como mostrar isso. Além de ser uma boa enciclopédia sobre como se sente quem tem uma depressão profunda, explica de maneira poética como alguém se sente e como tudo se torna pesaroso e difícil de ser cumprido. E o que mais me chamou a atenção, a autora consegue descrever a dor, descrever como se fosse uma dor física, o que é incrível. Eu sabia como sentia e aonde doía e eu pude finalmente descrever isso, e para você que está curioso ou que quer saber como é essa dor eu vou descrever com minhas palavras e as palavras da autora (farei um mix): “É uma dor no peito, talvez aonde o coração está, uma dor aguda, uma pontada que te empurra para o abismo, e mesmo com toda essa dor você também sente como se nesse lugar existisse um buraco negro, como se estivesse faltando algo.”
Esse livro tem alguns erros, creio que de digitação, mas são poucos. O que não atrapalha a compreensão e a leitura. E é muito interessante a forma como o livro foi projetado, ele tem um público alvo bem definido, como se fosse uma auxilia terapêutico, ele tem poucas páginas, justamente pra quem tem ‘deprê’ ler, afinal não é uma tarefa fácil ler algo sobre você sem chorar e sentir-se no lugar da personagem. Eu por exemplo não consegui ler durante alguns dias, foi muito chocante. “Mas é como dizem, para superar o passado você tem que encará-lo de frente. O que passou passou, não podemos ignorar o que ocorreu, afinal foi com as experiências passadas que você é o que é hoje, mas não deve ter como futuro seu passado! É muito difícil chegar nessa conclusão, mas com o tempo e com sua força de vontade, você entenderá e superará.” Que tal dar uma conferidinha?