Olá, pessoal! Como estão? Hoje estou trazendo um artigo diferente para o blog em que farei uma análise mais profunda deste clássico do terror escrito por Robert Louis Stevenson em 1831. Eu amo literatura clássica e livros de terror e tive a chance de estudar um pouquinho mais afundo essa obra do período vitoriano. Primeiramente, vou falar um pouquinho da história, que por incrível que pareça, apesar de ser um clássico bem conhecido, eu não tinha muita ideia do que acontecia no enredo. Tudo começa quando o Mr. Utterson, o protagonista, sai em um passeio com o Mr. Enfield e este lhe conta um fato curioso que aconteceu em uma noite e ele presenciou. Um homem misterioso, baixinho e assustador, pisoteou uma garotinha de 3 anos na rua e foi cobrado pela família da menina para que pagasse um valor, devido ao que fez. Estranhamente este homenzinho entra pelas portas do fundo da casa do Mr. Jekyll, um renomado médico e amigo do Mr. Utterson e sai com um cheque assinado em nome de Jekyll. O nome do homem estranho era Mr. Hyde. Depois disso, todos ficam curiosos e preocupados para saber quem era esse tal de Mr. Hyde e qual a ligação dele com o Mr. Jekyll. Outro incidente estranho acontece com Mr. Hyde, em uma localização tensa da cidade. Depois disso, Mr Jekyll começa a não aparecer mais, a ficar estranho demais e todos temem pela segurança dele. Quem será é este Mr. Hyde e o que ele está fazendo com Mr. Jekyll?
Bem, para vocês saberem (quem não conhece a história), é preciso ler o livro. Enfim, depois dessa pincelada no enredo, quero abordar algumas coisas sobre esta obra. Primeiramente, se analisarmos os nomes, muitas coisas já ficam bem claras acerca da história. A tradução para o nome de Mr. Jekyll, seria “eu mato”, pois o termo “Je” do francês significa “eu” e “kyll” do inglês, significa “matar”. A tradução para o nome de Mr. Hyde, seria algo como “esconder”, também vindo do inglês “to hide”. Se notarem também, na grafia dos nomes há uma semelhança: o “y”, o que pode deixar claro muita coisa já de início, se o leitor for atento. Os capítulos da história também são espelhados em sua estrutura em relação aos personagens e todos eles, não são quem realmente aparentam ser. Todos os personagens que faziam parte da alta classe do período vitoriano tinham um lado obscuro, ou seja, eles fingiam ser boas pessoas, mas por trás eram outras. Isso fica claro quando Mr. Hyde acaba encontrando outro, digamos assim, “homem de bem da sociedade”, em uma parte tensa da cidade, conhecida pela vida noturna e boêmia. O que um homem de bem estaria fazendo nesse local de madrugada? Isso evidencia o que o autor quer criticar ou mostrar sobre as aparências daquele período. O único personagem que parece não ter um segundo lado é Mr. Utterson.
Apesar de a história já ter diversas adaptações (até o piu-piu já virou um Mr. Hyde), é interessante a forma como o autor trabalha o duplo na estrutura narrativa. E mais interessante ainda é a crítica que ele faz à sociedade da época por meio de um conto de terror e ficção científica. Eu, sinceramente, não gostei muito da história quando li pela primeira vez. Acabei não ligando os pontos e não percebendo tudo isso de primeira. Após uma aula de leitura e formação de leitores, o professor fez essa análise e apontou muitas outras coisas da pequena narrativa e que me abriu os olhos quanto a genialidade da história. É isso, pessoal! Espero que tenham gostado!